Discurso do Diretor do Instituo Católico de Cultura.
Senhor D. João
Ex.cia Rev.ma
Senhor Vigário Geral
Senhores Vigários Episcopais
Ilustres Membros da Misericórdia
Senhor Director do Museu
Ilustres Membros dos Movimentos e Obras de Apostolado
Em Julho de 1993, o Senhor D. Aurélio Granada Escudeiro, então Bispo da nossa Diocese, fundou o chamado quase até agora Instituto de Cultura Católica, o qual em dois polos e sob a Direção dos Padres Doutor Cipriano Franco Pacheco e Octávio Medeiros marcou uma presença calma, mas eficaz nas iniciativas que teve no campo da formação e da Cultura durante o ministério episcopal do Senhor D. António de Sousa Braga.
Após a consciência do que o Instituto revitalizado podia ir mais longe e depois do Conselho Presbiteral ter votado que o mesmo passaria a chamar-se Instituto Católico de Cultura e já no episcopado do nosso atual Bispo D. João Lavrador, o mesmo está a adquirir um novo fôlego esperemos, o que se dá pela aprovação dos estatutos que não existiam e pela nomeação dos corpos diretivos do mesmo Instituto que acabar de tomar posse e pelo que se desenha para o futuro.
Se foi histórico o ano, o mês e o dia em que há 25 anos começou o Instituto, não poderíamos ter melhor maneira de celebrar os 25 anos do mesmo do que estarmos aqui reunidos para inaugurarmos, esperemos, um novo ciclo no caminho que ele terá na nossa Diocese.
Saúdo, pois, neste dia e nesta sessão todos os que estão aqui presentes a começar pelo nosso Bispo Senhor D. João que sabendo da importância do Instituto na Igreja Diocesana, nomeou a atual Direção e Conselho Fiscal e confirmou o Conselho Cientifico – Pedagógico e os membros do Conselho Geral.
Saúdo os Senhores Vigário Geral e Episcopal e outros Vigários Territoriais os colegas Ouvidores, certo de que de nós depende que ele na prática seja mesmo diocesano, que atinja a Diocese toda de Santa Maria ao Corvo se seja mesmo um Instituto ao alcance de todo o povo de Deus ; por esta razão também está ligado e sob a tutela da Vigararia Episcopal para a Formação do Povo de Deus.
Saúdo os principais responsáveis por outras Instituições com as quais dialogaremos e estabeleceremos parceria nas tarefas pela Cultura e seu diálogo com a fé. Universidade, Museu, Instituto de Cultura, Misericórdias.
Saúdo os Membros das Comunidades Religiosas, dos Movimentos e Obras de Apostolado que connosco farão obra de coordenação e de concertação para que a formação na nossa Diocese seja formação para a missão e ajude a Diocese a pôr-se em movimento pelo Reino nestas ilhas.
Saúdo também e sentidamente o Senhor Reitor do Seminário, bem como Diretor do Serviço da Pastoral da Cultura, delegados dos Religiosos, com quem teremos trabalho comum a fazer .
Saúdo todos os que comigo farão equipa para que o Instituto se afirme num grande serviço à formação cristã e à fé e cultura nos nossos Açores.
O Instituto católico de Cultura é constituído na Diocese de Angra, com uma missão especifica na área da cultura e da formação visando uma presença cristã transformadora do mundo, goza de personalidade jurídica canónica e é representado em juízo e fora dele pelo seu Diretor, assim rezam os Estatutos .
Sabemos que o Instituto Católico de Cultura nasceu à sombra do Seminário tendo mantido sempre com o mesmo uma boa ligação, o que continuará a acontecer por todos os motivos e necessidades próprias.
Mesmo assim, seja-me permitido realçar que ele tem missão específica na área da cultura e da formação, visando uma presença cristã transformadora no mundo.
Numa época como a nossa de grandes transformações culturais e cientificas, de antropologias que se constroem de qualquer maneira, de um grande indiferentismo religioso e de uma nostalgia infinita do infinito; situados num Portugal europeu que tem como região periférica ou ultra periférica os nossos Açores, desertificado em algumas ilhas, mergulhada numa fragilidade económica e em bolsas de pobreza que continuam de mãos dadas com novas pobrezas: droga, álcool e sexo. A Igreja posiciona-se no mundo das nossas ilhas na sequência de uma missão de quase meio século, para que em caminho sinodal, redimensione a sua ação pastoral numa evangelização libertadora. O futuro da Igreja nas nossas Ilhas está na presença da Igreja no futuro do mundo.
Situando-se o Instituto nesta presença da Igreja e de fronteira no mundo cultural dos Açores, atento ao verdadeiro da vida ele deve estar atento ao mundo e problemas do dia a dia e ao mundo da inteligência num tríplice olhar que deve ser também caminho metodológico do seu ensino e atividades. Olhar, ver analisar os mecanismos sócio económico-sociais políticos, fazendo com que as referências bíblico-teológicas se aproximem da realidade iluminando a vida e aproximando os dados revelados da vida para que depois haja uma pastoral aplicada de paradigma atual com estratégia evangélica.
O I.C.C. devera ser pouco ou bastante este radar católico de cultura que põe a Igreja no mundo, mas com um mundo insisto; pois o pior que pode acontecer é uma Igreja sem mundo, quando o coração da Igreja deverá estar no mundo.
Com os seus órgãos diretivos próprios ele está como Instituto ligado a esta grande potência de serviço que é ou deverá ser a Vigararia da Formação do povo de Deus numa proposta de ação formativa descentralizada que chegue a todas as ilhas pelas Ouvidorias e Vigararias territoriais.
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